“Depois disto, José de Arimateia, que era discípulo de Jesus, mas secretamente por medo das autoridades judaicas, pediu a Pilatos que lhe deixasse levar o corpo de Jesus. E Pilatos permitiu-lho.
Veio, pois, e retirou o corpo. Nicodemos, aquele que antes tinha ido ter com Jesus de noite, apareceu também trazendo uma mistura de perto de cem libras de mirra e aloés. Tomaram então o corpo de Jesus e envolveram-no em panos de linho com os perfumes, segundo o costume dos judeus. No sítio em que Ele tinha sido crucificado havia um horto e, no horto, um túmulo novo, onde ainda ninguém tinha sido sepultado. Como para os judeus era o dia da Preparação da Páscoa e o túmulo estava perto, foi ali que puseram Jesus”.
Comentário
“Desde que o homem, por causa do pecado, foi afastado da árvore da vida (cfr. Gén. 3,23-24) a terra tornou-se um cemitério. Há tantos homens como sepulcros. Um grande planeta de túmulos. (…) Dentre os túmulos espalhados pelos continentes do nosso planeta, há um onde o Filho de Deus, o homem Jesus Cristo, venceu a morte com a morte. – ‘Ó morte, Eu serei a tua morte!’ – A árvore da Vida da qual o homem foi afastado por causa do pecado, revelou-se novamente aos homens no corpo de Cristo. (…) Embora o nosso planeta esteja sempre a repovoar-se de túmulos, embora cresça o cemitério no qual o homem volta ao pó donde tinha sido tirado, todavia todos os homens que olham para o túmulo de Cristo vivem na esperança da Ressurreição” (J. PAULO II, 2003).