“No dia seguinte, as multidões que tinham chegado para a Festa, ao ouvirem que Jesus vinha a Jerusalém, pegaram em ramos de palmeiras e saíram-lhe ao encontro, clamando: «Hossana! Bendito o que vem em nome do Senhor, o Rei de Israel!» E Jesus encontrou um jumentinho e montou nele, conforme está escrito:
Não temas, Filha de Sião, olha o teu Rei que chega sentado na cria de uma jumenta. Ao princípio, os seus discípulos não compreenderam isto; quando se manifestou a glória de Jesus, é que se lembraram que estas coisas estavam escritas acerca dele; e foi isso precisamente o que lhe fizeram”.
Comentário
“Hossana!”, “Crucifica-O!” Poder-se-ia resumir com estas duas palavras, provavelmente pronunciadas pela mesma multidão à distância de poucos dias, o significado dos dois acontecimentos que recordamos nesta liturgia dominical.
Com a aclamação “Bendito aquele que vem!” num ímpeto de entusiasmo, o povo de Jerusalém, agitando ramos de oliveira, acolhe Jesus que entra na cidade levado por um jumento. Com o “Crucifica-O!” gritado por duas vezes num furor continuado, a multidão pede ao governador romano a condenação do réu que, em silêncio, está de pé no Pretório.
Portanto, a nossa celebração inicia-se com um “Hossana!” e conclui-se com um
“Crucifica-O!” O ramo do triunfo e a cruz da Paixão: não é uma contradição, ao
contrário, é o coraçãodomistérioquequeremosproclamar.Jesusentregou-se
voluntariamente à Paixão, não foi esmagado por forças maiores do que Ele.
Enfrentou livremente a morte na cruz e triunfou na morte”. (João PAULO II, in HOMILIA de Domingo de RAMOS- 8/4/ 2001).